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Ver mais detalhesIniciando as páginas deste modesto trabalho que dedicamos ao estudo da Umbanda, devemos dizer que queremos colaborar com todos que sinceramente se interessam por um Umbandismo sem os falsos preconceitos e as mentiras que tanto deturpam os sentimentos dos nossos semelhantes; foi isso tão-somente o que nos levou a trilhar por esta senda tumultuosa, visando propagar uma doutrina, mormente quando essa doutrina sofre todos os ataques possíveis e imaginários de outras seitas que, com a maior maldade, encaram a Umbanda como uma religião de falsos princípios e de credos mistificados, acusando-a da prática de feitiçarias e dizendo ainda que ela é oriunda de negros africanos bárbaros e incultos. É o que afirmam todos aqueles que não têm o menor conhecimento da verdadeira e sublime religião que é a Umbanda. O que desejamos é que fique devidamente esclarecido o nosso modo de entender e cultuar essa Umbanda tão grande em seus princípios, tal como o são todas as obras da natureza criadas pela bondade infinita do nosso Pai Onipotente.O nosso pensamento é, cada vez mais, elevar o conceito dessa religião, pugnando para que todas as pessoas cultas e conhecedoras perfeitas do que sejam as Leis Divinas possam, aliando-se aos nossos propósitos, fazer valer as forças que encerram todas as leis da natureza, buscando naquilo que o vulgo considera como sobrenatural o bálsamo confortante e criador da perfeita condição que liga o homem espiritual ao homem material, na certeza de se estar praticando a verdadeira caridade e sentindo no seu coração a presença de Deus.O homem deve procurar dentro de uma religião as energias que trazem a fé ao seu espirito, para que, dessa forma, possa alcançar todos os bens materiais e, muito especialmente, os espirituais de que tanto precisa em todos os atos da sua vida. De nada adiantará aos que não possuem uma energia própria e uma convicção firme naquilo que anseiam conseguir, se não estiverem acobertados por uma força superior e indómita que lhes mostre o verdadeiro caminho a seguir. Este é o caso da Umbanda, a religião que, com o decorrer do tempo, se tornará universal.Não há a menor dúvida de que o homem se considera forte sempre que julga que os seus atos e a sua vontade não estejam na dependência de interferências estranhas. Todavia, quando ele baqueia, essa razão deixa de existir, tornando-se a sua vida um manancial de sofrimentos e tristezas. Não somente aos fracos cabe erguerem-se e pugnarem por uma condição melhor, mas também os fortes devem encarar todas as circunstâncias da vida material por um prisma, no qual a sobrevivência do espirito está acima do que eles julgam e entendem como possuidores de um. livre-arbítrio que os conduz fatalmente ao apogeu e à glória.O homem, ou melhor, toda a Humanidade tem que enfrentar grandes dificuldades, lutas árduas e sofrimentos sem fim. Mas se encararmos a questão do sofrimento material, tendo em vista que a razão desse sofrimento é uma condição própria de cada um de nós, então não teremos absolutamente qualquer receio de enfrentar a nossa condição cármica, quando temos a certeza de estarmos protegidos e salvaguardados.Temos, pois, que buscar uma condição melhor para a nossa vida; procuremos, pois, dentro de nós mesmos, um sentimento que dormita, mas que precisa ser despertado no momento oportuno. Devemos dizer que esse •sentimento é a força criadora, própria do homem, ou melhor, é a fonte criadora da vontade, pois que é o poder da mente. Em síntese, ê a vibração espiritual que, dentro de nós mesmos, aguarda a ordem suprema da evolução universal.Assim, podemos afirmar quej enquanto a ciência investiga a verdade, procurando provar, através de provas matemáticas tudo o que existe de verdadeiro dentro de uma concepção imaginada, a Umbanda, como dogma, mostra a força espiritual do homem, muito embora seja comum ele procurar por meio de sortilégios aquilo que a espiritualidade já demonstrou existir. Sim, o homem, através da Umbanda, sabe o que existe além da matéria, mas a certeza somente se poderá ter depois do desencarne, isto é, depois de ultrapassarmos os limites da existência material e atingirmos o infinito.Corpo e espirito, irmanados numa mesma situação perante a obra criadora da natureza, forçosamente hão de chegar ao clímax das concepções filosóficas da grande síntese, onde a imagem de Deus se mostrará através dos séculos, na plenitude de sua forma. Quando lá chegarmos, não precisaremos mais de invólucro carnal para podermos completar a trajetória indefinida que, pela lei da reencarnação, somos obrigados a voltar ao mundo, em cumprimento das leis cármicas.Cultuemos, pois, uma Umbanda pura, uma Umbanda sublime e, assim, teremos a visão perfeita do horizonte que se estenderá à nossa frente, sem os pesadelos e as torpezas que cumulam o homem terreno, agrilhoando-o ao mais inconsciente de todos os males: a ignorância de Deus.Vamos, pois, pedir às entidades de Umbanda as luzes que deverão iluminar os nossos espíritos, bem como a força redentora e amiga que nos acoberta de todos os malefícios materiais e espirituais. Façamos uma prece em louvor do chefe supremo do Reino de Obatalá, para que ele nos encaminhe e nos mostre, através da senda luminosa do mundo espiritual, o verdadeiro caminho da fé e da compreensão.E não nos esqueçamos: a Umbanda, com todos os seus protetores, com os seus pretos-velhos e o seu afri-canismo não é a superstição que muitos ignorantes afirmam. Não. A'Umbanda é a religião sublime de Deus. Ê a religião do futuro e do bem de todos os nossos irmãos.Salvemos todos os Orixás e todas as falanges dos trabalhadores do bem.O Autor
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