Se vos adoece o filho, Santo António; se vos foge o escravo, Santo António; se mandais a encomenda, Santo António; se requereis o despacho, Santo António; se aguardais a sentença, Santo António; se perdeis a menor miudeza da vossa casa, Santo António; e, talvez, se quereis os bens alheios, Santo António.
Assim o Padre António Vieira, em 1656, comentava, em um dos seus sermões, a importância deste Santo para os brasileiros, fossem eles ricos ou pobres, morassem no sul ou no norte do país.
Santo António é padroeiro de Portugal e de centenas de cidades, nos vários países de língua portuguesa e em regiões por onde passou como missionário. Apesar de ter sido frade franciscano, o austero e erudito missionário transformou-se em um frade jovem, bonachão e alegre, pronto a ajudar seus amigos, e, depois de morto, os povos que desejavam sua proteção o tornaram soldado, tenente, capitão, major, coronel general e até vereador.
Durante muito tempo fora esquecido pelo culto católico oficial, que não valorizava a devoção a esse milagreiro popular. Atualmente, Santo António é um dos Pais da Igreja, um dos sustentáculos da fé e da doutrina cristãs.
Para o povo, ele é o grande taumaturgo, um dos santos de maior poder da história, demonstrado, ainda, durante sua vida terrena.
Santo António foi um pobre entre os pobres e por esse motivo foi eleito o pro-tetor e o padroeiro das comunidades carentes. Esse carinho para com os que o procuram em busca de saúde e do pão de cada dia o fez uma figura das mais queridas e festejadas.
E para que não restem dúvidas, apesar da grande quantidade de 'Santos' chamados António na Igreja Católica, apenas António de Lisboa ou António de Pádua representam o Santo António a quem é dedicado esse livro.
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