O NASCER E O RENASCER PELA ÁGUA
O sentido permanente de circulação que é o ser essencial da água provoca uma emoção de movimento, incluindo-se nesse aspecto os símbolos da vida e da morte. Águas génese, águas do nascimento, águas da purificação, águas do batísmo, águas da fertilidade, devotamentos perante um tema tão universal, como os mitos reveladores da criação do mundo e do homem. Assim, atravessando o oceano Atlântico, a francesa nascida no Marrocos, em terras africanas, cumpre seu destino, realizando uma busca que se consolida no encontro definitivo com o sagrado livre e plural que é o candomblé do Brasil. Nesse encontro ela nasce novamente para o orixá lemanjá, orixá das águas. Cisèle Cossard, após sua iniciação religiosa, ungida de efum, waji, ossum e segredos profundos do axé é conhecida, então, para o povo do santo e para todos os outros povos como Omindarewa. Cada vez mais a transcendência do orixá comove e expõe os destinos das pessoas conforme os papéis e funções perante o sagrado, os ancestrais e a própria natureza simbolizada pelos princípios éticos e morais do candomblé. Somente o Ifá, Orumilá, pelo olhar sincero do babalaô pode indicar em cada história individual os odus, encaminhamentos que os orixás explicam, consagram e integram à vida. Omindarewa, filha de lemanjá, ialorixá, antropóloga, dedicada e eleita à fé dos iorubás no Brasil, confirma os aspectos e as funções da ia - mãe -, seios e ventre fartos de vida e de água.
Iyami Asaba
Iyami Ogunte
Iyami Ogumi Asomi
Iyami Sesu
Iyami Asesi
Iyamioyo
Iyami Nodo
Ibu Awoyo.
Raul Lody - Antropólogo
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