Monumento verde, síntese do que há de arcaico e dinâmico nas relações entre homem, natureza, antepassado, orixá e vodum. Assim é Iroco/Loco, árvore geral, árvore que significa todas as árvores: Loco atinsu, Loco, a árvore macho. A arvore sagrada marca importância e a devoção do povo do santo: candomblé, mina e xangô perante o axis mundi da África transculturada para o Brasil. Loco também conhecido na cultura fon como Adanloco, Atantoco, Léléloco e Locozouné encarregado de cuidar de todas as árvores do mundo, tarefa que é cumprida com a participação de seu irmão o vodum Medje. No sistema iorubá/fon todos os orixás têm falas entre si e desempenham funções intercomplementares, cabendo a Iroco/Loco participar de todos esses momentos, transitando entre o orum e o aiê. Para traduzir sensivelmente orixá/vodum tão magnífico, somente a competência ungida pela paixão de Cléo Martins, querida irmã de Oiá, Agbeni Sàngó do llê Axé Opó Afonjá, produziu texto de excelência, oriundo de pesquisa etnográfica que realizou nos candomblés da Bailia e ampliou observações em consultas sobre o mina-jeje do Maranhão e do xangô pernambucano. Enquanto Orno Loco venho agradecer a Cléo essa contribuição aos estudos afro-descendentes, apontando para melhor e maior compreensão das tradições e histórias dos orixás/voduns no novo mundo.
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