Há dois fatôres primordiais que desvirtuam as relações dos homens com Deus, desviando-o do seu caminho supremo: o materialismo e o formalismo.
O materialismo nega a existência de um mundo espiritual. Ora, se não há Deus eterno e alma imortal, exploremos o mais possível a vida presente, conquistemos bens de fortuna, glórias, prazeres na maior abundância e desprezemos todos os elementos espirituais como utopia e quimeras.
O formalismo admite a existência de um mundo espiritual e julga pautar por esse credo o seu destino. Mas engana-se a si mesmo. O que e/e chama religião não passa, geralmente, de estéreis fórmulas e cerimónias. Repetir mecanicamente certas palavras, executar determinados 'trabalhos', desfiar certo número de orações — é o gire e denomina piedade, religião, vida espiritual.
Não, não é isso a vida espiritual. Ela é antes de tudo o cumprimento dos deveres do homem para com Deus, a fim de seguir sempre o caminho reto.
A vida é breve. Daqui a uns anos, uns decénios talvez, autor e leitores transporemos o limiar do mundo espiritual, e lá sim, poderemos conhecer a verdadeira vida. Aquele que não souber se conduzir na vida terrena, automaticamente terá de espiar pelos males causados nesta nossa presente etapa, de um caminho longo e tortuoso.
Está, pois, no interesse de todos o saber se conduzir; não odiando, não desejando mal e não cobiçando. É preciso, eliminar de nossas almas, esses elementos que nos rodeiam e que nos impelem a procedermos de maneira a desejar somente o mal.
Não sejamos materialistas e muito menos formalistas.
Sigamos sempre os preceitos de nossos Guias e dos nossos incansáveis pretos velhos, pois a eles, a esses obreiros, é que devemos muito da nossa vida.
Na presente obra que a EDITORA ECO orgulha-se de dar à luz, o autor procura com grande conhecimento da lei de Umbanda, e com palavras divinamente inspiradas, mostrar ao querido leitor, um sem número de casos de trabalhos de Quimbanda e Magia Negra e, como foram desmanchados pelos nossos Caboclos, Pretos Velhos e Exus, da nossa divina Umbanda.
António De Alva, que, com esta obra continua a sua brilhante carreira líteroumbandista, era até então, um humilde componente da Falange Xangô do Centro Espírita Caminheiros da Verdade, cuja falange operou as maiores curas e desmanches de trabalhos àqueles que, naquele Centro Espírita, iam em busca de um lenitivo para os males que os afligiam.
Valerá pois a pena conhecer o conteúdo desta obra, que encerra magníficos ensinamentos da nossa tão querida Umbanda.
Comentários do produto