Os cruzados, com suas espadas afiadas, suas armaduras brilhantes, estavam cercados pelos sarracenos.
Em breve a bandeira branca, com a cruz sagrada, seria rasgada pelos mouros infiéis.
Quando todas as forças pareciam fugir dos braços dos guerreiros europeus, um deles, Duque Fernão de Andaluzia, teve uma inspiração sublime — invocou os poderes da cruz. E, neste momento, como se as trombetas de fèncó soassem, os cruzados tiveram um novo alento. E pouco a pouco foram derrotando os seus inimigos.
A cruz que os salvou ficou na História. É a de Caravaca.
Durante a noite, entre as fogueiras do acampamento católico, os guerreiros da cruz brindavam o acontecimento. Então, esta festa — a Festa da Cruz — foi tão alegre e cheia de misticismo e cenas fantásticas, que durante muito tempo os poetas e menestréis contaram-na nas cortes dos reis da Europa Medieval. E acabou virando lenda.
E, envolta em fantasia, realidade mágica, e crença, a Cruz de Caravaca vem atravessando os tempos.
Para o Brasil ela foi trazida pelos colonos portugueses quando Martim Afonso de Souza iniciou a colonização e o plantio da cana-de-açúcar. No Nordeste vemos a Cruz de Caravaca desenhada nos chapéus dos vaqueiros, usada pelos mestres do catimbó e tora.
Na Umbanda ela é usada em milhares de rituais e gongas floridos. Suas orações poderosas e mágicas encontram-se também num livro querido pelos filhos de fé, 'O Livro da Sagrada Cruz de Caravaca', cuja estampa acompanha o livro, bem como uma Cruz de metal imantada pela Corrente Mística de Aruanda. (*)
Alguns a chamam de O Santo Lenho, e atribuem sua origem aos cultos de Jerusalém sendo trazida para o Brasil pelos fiéis de Portugal. Outros atribuem a esta Cruz Antiga poderes milagrosos... Porém, até onde vat sua força ninguém realmente pode prever...
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