A religião de Umbanda era confusa e mal interpretada.
Quando eu e o pai-espiritual Alfredo Jorge, de S.Paulo, (65 anos de Umbanda), aceitamos separá-la do Candomblé, acertar suas falhas nos mínimos detalhes, tirar seus abusos e disparates, suas interpretações erróneas, modificar muitos de seus Pontos e ritos mal empregados, eliminar os ridículos, suas lendas grotescas, as contradições e os excessos, iniciamos conjuntamente um trabalho gigantesco, que começou com a compra e consulta de todas as obras umbandistas existentes. Veio em seguida sua leitura pormenorizada, a avaliação de cada frase e de cada raciocínio à luz da tradição, costume popular, lógica e viabilidade religiosa.
Assim, após cerca de 5 anos de trabalho, de profunda seleção, filtragem e depuração, conseguimos concluir, finalmente, esta tão esperada 'Bíblia da Umbanda', que esperamos seja de fato a síntese definida de todas as normas e regras que constituem nossa religião, que abriga mais de 50 milhões de umbandistas do Brasil, além de já ter templos nos USA, Argentina, Uruguai e América Central.
A 'Bíblia da Umbanda' portanto, abrange cerca de 3.000 páginas e foi dividida em 15 livros, contendo todo conhecimento básico para quem pretende se tornar umbandista ou até mesmo um pai-espiritual na Umbanda pura, na qual não existem mais caciques fantasiados , nem capacetes, nem o uso de matança de animais, nem óleo de dendê, salvo se a entidade assim o exigir.
Com fé em Oxalá, que a 'Bíblia da Umbanda' seja, doravante, a codificação geral que Leopoldo Bettiol, Matta e Silva, Decelso, Emanuel Zespo, Lourenço Braga, N.A.Molina, José António Barbosa, Pai Jerônimo do Rio de Janeiro e Mário de Xangô da Bahia, tanto almejaram em vida, saravá filhos-de-fé!
Max Sussol 1993
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