Em que consiste uma oferenda para o orixá? Como prepará-la? Onde e quando despachá-la? Estas são algumas perguntas que surgem nas pessoas quando desejam fazer ebós para os orixás em troca de favores, em agradecimento ou para equilibrar sua relação com as divindades.
A força ou axé dos orixás é compreendida como a energia contida dentro e fora de cada pessoa, sendo que todo e qualquer possível desequilíbrio entre estas duas dimensões deve ser corrigido pela prática ritual de um ebó que, literalmente, significa sacrifício.
A determinação dos elementos dos reinos animal, vegetal e mineral que irão compor este ebó bem como os procedimentos rituais que o integrarão são de responsabilidade do pai-de-santo.
Existe, no entanto, outro sentido para a realização do sacrifício: o de prevenir-se do desequilíbrio, evitando que este venha a ocorrer, mediante o oferecimento regular de um agrado ao orixá dono de sua cabeça, uma oferenda.
Esta prática ajuda a fim de invocar sua permanente proteção para que não lhe faltem amor, saúde, trabalho e para que a prosperidade se instale em casa.
Resumindo, a prática propiciatória do ebó auxilia a superar com equilíbrio os problemas inerentes à condição humana.
É especialmente neste sentido que se faz necessário ler Oferendas para meu orixá, do Babalorixá Nívio Ramos Sales. Nele, o autor orienta com detalhes a elaboração das oferendas relativas a cada orixá, descrevendo também como se deve proceder no momento da entrega, levando em conta suas características, cores, dia da semana, locais preferidos, assim como a escolha correta do orixá de acordo com o problema que a pessoa precisa resolver.
E como não poderia deixar de ser, muitas oferendas são também deliciosos pratos da culinária afro-brasileira que poderão ser preparados em dias de festa ou mesmo cotidianamente.
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