Já me escusei por duas vezes prefaciar livros sobre Umbanda pois não queria ferir o irmão e muito menos trair a minha Religião de Umbanda.
Agora não. Sinto-me honrado em contribuir, ainda que tão minimamente para que se realize o sonho do Editor, expresso de maneira clara em seu discurso na reunião do Circulo de Escritores Umbandistas: melhorar a literatura umbanáista.
O Rosário do Preto-Velho, expressão surgida na Corrente Espiritual e Mental de Umbanda, pois foi nela que surgiu a necessidade do 'Rosário' para o 'Ingorossi', isto é, a reza que realizamos diariamente às 18 horas em favor dos enfermos, aflitos e presidiários.
O Editor traz a marca do século. Quando ele quer, quer. Relutei em atendê-lo. Um dia me disse: 'O Rosário do 'Preto-Velho' vai sair, já está na oficina'.
Senti-me no dever de colaborar; juntar minha experiência, meus conhecimentos sobre esta querida Religião, adquiridos em vários cursos e num trato diário de mais de trinta (30) anos, ao ilealismo de um jovem.
'O Rosário do Preto-Velho', não fosse plagiar o bom e saudoso escritor Attila Nunes, diríamos que é uma autêntica antologia. É a homenagem ao negro de ontem; um preito gratidão ao Preto-Velho de hoje num hino de louvor à Religião de Umbanda.
A Editora Eco, ao contrário da deusa Eco, que morreu apaixonada por Narciso, vivifica-se cada vez mais, pois seu amor é criador, é pela Umbanda e, amando-a, busca servi-la cala vez melhor, oferecendo-lhe uma literatura que a dignifique ante as demais correntes espiritualistas e escolas religiosas.
Não se poderia ter encontrado melhor forma de homenagear estes sublimes Pretos-Velhos, o que torna a Editora Eco merecedora de nosso carinho e estima, pois antes de 'O Rosário do Preto-Velho', já publicou 'Umbanda dos Pretos-Velhos', de autoria do confrade António Alves Teixeira (neto).
Celso Rosa (Decelso) (Da Escola Superior Iniciática de Umbanda do Brasil)
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