O jogo de búzios é uma das mais genuínas criações brasileiras no campo das artes divinatórias. Embora suas raízes possam ser encontradas no jogo de Ifá dos povos africanos, o que atualmente é praticado no Brasil pouco lembra o original.
Há séculos envolto em mistério, seus segredos só eram conhecidos pelos iniciados considerados aptos para a prática da vidência. Só há poucos anos, entretanto, essas informações começaram a ser divulgadas em livros e oralmente, devido à necessidade de preservação e continuidade do mesmo, tornando-se sua prática muito popular e igualmente apreciada pelos não-inidados.
Búzios: A FALA DOS ORIXÁS não é apenas mais um livro dos muitos sobre o jogo. Embora se reconheça que os princípios gerais são quase os mesmos em todas as religiões afro-brasileiras, existem diferenças entre as interpretações e as caídas nas várias nações de candomblé e nas diferentes regiões do país. Assim, cada nova obra que descreva mais uma dessas variantes contribui com uma peça para a formação do vasto mosaico desse oráculo dos orixás.
É nesta perspectiva que se situa Búzios: A FALA DOS ORIXÁS. O autor tem por objetivo descrever claramente, a partir de sua própria experiência religiosa, como o jogo é praticado em sen terreiro de candomblé no Rio de Janeiro, sem pretender esgotar
o assunto.
Para os não-iniciados este livro é uma excelente leitura e um estímulo para a abertura de novos horizontes, contudo, ele não substituirá a importância da vivência adquirida pelo processo de iniciação religiosa. Da mesma forma, o iniciado também tirará proveito da sua leitura: registrando objetivamente os dados mais importantes sobre o processo de interpretação dos resultados do jogo. Assim, a obra poderá servir como 'vade-mecum' ou duxiliardd memória, cumprindo função semelhante a do velho 'caderno de feitiços' tão conhecido dos filhos-de-santo.
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