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Ver mais detalhesFolheando as primeiras páginas dos originais desta obra, nos foi dado observar que o autor, embora nunca se tenha dado a experiências deste quilate, isto é, nunca antes escrevera um livro, demonstra neste seu primeiro trabalho grandes qualidades que até então eram desconhecidas - - já que privávamos com ele há muitos anos —-, e jamais sentíramos de sua parte manifesta intenção de ingressar na literatura umbandista.Hoje, porém, para nosso gáudio, nos apraz dar à luz importante trabalho, que o autor, com muita propriedade, soube apresentar ao público leitor.Trata-se de uma obra bastante interessante, onde o autor, com rara ipteligência, vai dissecando (através de sua experiência pessoal e por demais familiarizado com a matéria) e narrando com riqueza de detalhes, minuciosamente mesmo, todos os trabalhos que se vêm realizando na Umbanda, em seus Terreiros, Tendas e Cabanas.Não poderíamos, portanto, furtar-nos a deixar no anonimato matéria de tão alto valor para a literatura umbandista, fruto de laborioso trabalho de pesquisas.O problema religioso-umbandista sempre surgiu como um denodado esforço nosso para explicar ao leigo os mistérios existentes nesta religião. Entretanto, este esforço suplantou todas as formas do conhecimento humano. A Umbanda, que é praticada no Brasil, atingiu uma escala que proporciona aos umbandistas — que não são poucos — a tranquila certeza, a crença simples e tradicional nos seus Orixás, Caboclos e Pretos-Velhos.Melhor dizendo, podemos assegurar que nove entre dez pessoas recorrem à Umbanda e aos seu humildes Terreiros, quando seus sofrimentos físicos ou morais já se acham além dos recursos humanos. A Umbanda é, por assim dizer, a última solução para os seus problemas.Esta fé na Umbanda tem aumentado, sobremaneira, nos últimos decénios, isto por que a Umbanda tem conseguido realizar um trabalho profícuo que, em poucas e milenares religiões, através dos séculos, não conseguiram realizar ainda.É totalmente impossível negar a realidade da Umbanda, numa fórmula, num conceito, pois sua realidade escapa aos limites de qualquer conceituação. Por isso, a Umbanda não procura conceituar, mas testemunhar e provar a sua atuação, por intermédio de médiuns de Terreiros, de babalaôs e mães-de-santo, sempre prontos a atender àqueles que a eles recorrem.Por isso, afirmamos tacitamente que a ciência dos nossos dias e a revolução tecnológica estão longe de conseguir alterar ou mesmo impedir o progresso espiritual da Humanidade.Celso Rosa não se ocupa somente a narrar fatos, ele faz comparações, cita, reporta-se a luminares e o faz com extremo cuidado, ciente do seu dever de explicar analiticamente as 'mirongas' divinas e impenetráveis desta grande religião que é a Umbanda. A sua pena fluente nos transporta às origens africanas e ao seu consequente sincretismo religioso. Explica a entronização do curandeiro na Umbanda, seus sortilégios e ainda o uso do charuto, da cachaça, dos banhos, enfim, uma gama enorme de conhecimentos sobre a Umbanda, que aguçam a curiosidade do leitor.Outro grande mérito do autor e prova inconteste de seus conhecimentos é a escola por ele fundada e dirigida: ESCOLA INICIÁTICA DE UMBANDA. Os leitores que porventura não a conhecem, deveriam procurar ver, com que carinho, com que denodo e mesmo com que estoicismo, ele procura manter esta escola. Lá, gratuitamente, ele ministra até altas horas aulas de teologia, estudo comparado e, como se não bastasse, ainda proporciona aulas outras que fogem as finalidades da referida escola, tais como datilografia, corte e costura e alfabetização de adultos.Saravá, pois, a Celso Rosa. Saravá Decelso.Ernesto Emanuele Mandarino Editor
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| Preço | R$ 19,00 |
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