Nos meados da década de 70, em meio a literatura específica de livros espiritualistas, pontificava a obra de José Maria Bittencourt, No Reino dos Exus, por certo a mais abrangente e profunda na abordagem de tão polémico tema, polémico sem dúvida alguma, mas de absoluta preferência pelos praticantes dos cultos afro-brasileiros e quiçá por curiosos doutros credos. Esgotadas duas edições consecutivas do livro, abriu-se uma lacuna só agora preenchida pelo seu relançamento em 3.a edição. A obra por si, dispensa comentários, pois, basta verificar-se quantas outras apareceram nesse ínterim calcadas em seus ensinamentos. Quiseram seus editores, todavia, que ocorresse, ao tempo dessa terceira edição, o aparecimento de outra obra inédita do autor, No Reino dos Pretos Velhos. Se, evidentemente, o assunto é menos controverso, nem porisso é menos querido pelo leitor, já que a devoção aos Pretos Velhos é das mais características manifestações do umbandismo. E a par da parte doutrinária o autor nos brinda com repositário valioso, fruto de suas andanças e pesquisas, de pontos riscados e cantados, que valem a edição.
Assim é que as obras No Reino dos Exus e No Reino dos Pretos Velhos, doravante à disposição dos leitores, tanto valorizam autor e editores, como enriquecem definitivamente, mais e mais, a cultura popular brasileira, ilustrando e propagando a fé da Umbanda.
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